Os próximos meses prometem ser de muito agito para as cidades brasileiras
A partir de março, as portas do país estarão abertas para artistas internacionais mundialmente reconhecidos. Maroon 5, Metallica, Billie Eilish, Taylor Swift e Michael Bublé são alguns dos nomes que se apresentarão em diferentes estados.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Turismo, em 2014, o mercado de shows, no país, movimentou cerca de R$ 357 milhões no ano anterior à pesquisa. Pode-se notar que, além de ser uma ótima ferramenta cultural, os eventos nas cidades – principalmente de artistas internacionais – costumam ser um suporte extra para a economia e para o turismo nacional e, portanto, devem ser incentivados.
Em 2019, o Rock in Rio, considerado o maior festival musical do planeta, tinha a expectativa de atrair 450 mil turistas, com a entrada de visitantes de, em média, 73 países. Na época, também era esperado a movimentação de R$ 1,7 bilhão, segundo a Secretaria de Turismo do Rio de Janeiro. O deslocamento dos estrangeiros – além dos próprios brasileiros – potencializa a movimentação de hotéis, bares, restaurantes e dos serviços de transporte das cidades.
No que diz respeito ao recebimento de grandes eventos, a capital paulista também não fica de fora deste meio. Desde 2012, São Paulo atrai diversas pessoas em todos os quatro cantos do mundo com o Lollapalooza Brasil. As duas primeiras edições do evento foram realizadas no Jockey Club, enquanto as seis restantes ocorreram no Autódromo de Interlagos.
Em 2015, a festa trouxe a movimentação econômica de R$ 93 milhões com os turistas. Mais da metade das 136 mil pessoas que estiveram presentes, na época, vieram de fora da região.
Ainda neste período, a consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) levantou a pesquisa “Global Entertainment and Media Outlook 2014-2018 ”, que foi responsável por estimar o crescimento do consumo de shows no Brasil em 39% até 2018. Em 2015, a expectativa era de que o segmento chegasse aos US$ 280 milhões. Com esses valores, o Brasil havia se consolidado como um país de peso para os festivais, sendo até mesmo considerado o segundo maior mercado para música ao vivo na América Latina.
Com todo esse levantamento, é possível perceber a influência do mercado musical em território nacional. Entretanto, além de ser muito querido – e consumido – em diferentes regiões brasileiras, outros segmentos também movimentam as cidades e devem ser apreciados. Como exemplo, podemos analisar o impacto da Copa do Mundo, em 2014, no país. Foi estimado o recebimento de cerca de um milhão de turistas estrangeiros, de 202 países, durante o mundial.
De acordo com o G1, os 21 aeroportos das 12 cidades-sede da Copa registraram uma média diária de passageiros de 485 mil, superando até mesmo o Carnaval. Para os hotéis, o momento também foi extremamente positivo, com o crescimento da taxa de ocupação de 24%, quando comparado ao mesmo período em 2013.
Para os bares, o lucro das vendas foi estimado com um crescimento, em média, de 25%, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Em contrapartida, os restaurantes presenciaram uma queda de 10% no faturamento. De modo geral, a entidade calculou um faturamento geral do setor em R$ 11 bilhões no mês de julho, quando ocorreu o evento.
Ainda considerando esse lado esportivo no nosso país, foi registrado que a atividade foi a principal motivação de cinco milhões de viagens domésticas em 2014. Na época, estimuladas principalmente pela Copa. Em 2016, o segmento reforçou a importância para o setor com a movimentação ocasionada pelos Jogos Olímpicos.
A realização da Olimpíada, por sua vez, foi responsável por trazer 1,17 milhão de turistas para o Rio de Janeiro, conforme levantamento realizado pela Secretaria Especial de Turismo/RioTur. Destes, 410 mil eram estrangeiros.
Os dados apresentados reforçam a importância do investimento em shows e eventos de grande porte para incrementar a receita cambial do turismo. Além disso, promover essas ocasiões em solo brasileiro potencializa a entrada de visitantes e, consequentemente, movimenta todo o mercado nacional. Devemos estar, cada vez mais, abertos a possibilidade de implementar uma infraestrutura convidativa e funcional para que o Brasil cresça com o apoio do setor.